Stuart Anderson argumenta que a comunidade médica e o governo britânico foram negligentes quanto ao uso do medicamento no país. Demonstra que já existiam debates anteriores ao desastre do fármaco que insistiam na perigosa relação de certos produtos com estados mórbidos fetais. Mesmo assim a talidomida foi amplamente comercializada na Grã-Bretanha.
Breve texto sobre a importância de Widukind Lenz, o primeiro médico a estabelecer correlações entre o período gestacional com as más formações fetais decorrentes da ingestão da substância talidomida por mulheres grávidas.
Livro transita pela história e filosofia da ciência, com discussões sobre questões éticas do campo científico. Traz uma variedade de exemplos, do nazismo à eugenia norte-americana, passando pela regulação de medicamentos e, neste caso, discorre sobre o desastre da talidomida.
Resumo do artigo nas palavras dos autores: "A finales de la década del 50, en Europa, Australia, Japón y varios países africanos, la talidomida provocó más de 10 000 casos de defectos congénitos en hijos de madres que la consumieron durante el embarazo. En 1962, es retirada del mercado. Tres décadas después, se reivindica su prescripción en el manejo de enfermedades de pronóstico desfavorable. Sus propiedades antiangiogénicas e inmunorreguladoras la hacen diferente al fármaco de los años 50 en gran medida. A pesar de poseer las mismas propiedades farmacológicas y riesgos teratogénicos, la molécula talidomida tiene otras las indicaciones, dosis, campos de aplicación y condiciones legales de uso. Esta revisión tiene como objetivo reseñar los contextos históricos y éticos que condicionaron la proscripción de la talidomida a principios de los años 60, así como las actuales condiciones clínicas en que se usan o ensayan actualmente sus efectos terapéuticos".
Pequeno artigo da psiquiatra e historiadora da medicina Ann Gwendolen Dally, falecida em 2007, que integrava o Wellcome Institute for the History of Medicine, de Londres. A ênfase do texto é sobre aspectos históricos da medicina em relação ao debate sobre embriopatias congênitas. Dally coloca em xeque o pensamento sobre a inevitabilidade do desastre da talidomida. Ela chama atenção para uma série de evidências de estudos que já existiam desde meados do século 18 sobre o tema das malformações fetais, estudos que se tornaram mais consistentes a partir do início do século XX. Porém, segundo Dally, o "estilo de pensamento" ainda predominante na década de 1950 fazia com que os médicos continuassem a idealizar o útero e considerar a placenta como uma "perfeita barreira" e que só com altíssimas doses de substâncias tóxicas poderia deixar de proteger o bebê.
O livro traz reflexões que inicialmente perpassam pelo debate da constituição do próprio campo acadêmico da bioética. Além disso, a obra discute eugenia, práticas de eutanásia na medicina do período do nazismo, políticas reprodutivas e apresenta um capítulo específico sobre o desastre da talidomida. Neste, também é abordada a reintrodução do fármaco no mercado farmacêutico, sobretudo a relação do medicamento no tratamento da hanseníase e do hiv-aids.
Livro do juiz Adam Ralph Fine sobre a empresa farmacêutica americana Richarsdon-Merrell. A companhia lançou o triparanol (MER 29) nos Estados Unidos, droga para o controle do colesterol. O medicamente teve circulação proibida em virtude de seus efeitos colaterais, entre eles a catarata. A mesma empresa licenciou a talidomida (MER 32) para produção e venda nos Estados Unidos, mas foi proibida de distribuí-la devido à falta de testes.
Trata-se de um pequeno livro/brochura que transcreve aula do Professor Peter Ian Folb, lecionada na Universidade da Cidade do Cabo, em 8 de setembro de 1977. Na ocasião, ele discorreu sobre a história do desastre da talidomida e seu impacto na medicina moderna. O livro é a 48ª edição da série “Inaugural Lecture”, editada pela Universidade da Cidade do Cabo.
Livro do jornalista Gero Gemballa sobre o escândalo da talidomida na Alemanha. Faz um balanço dos 30 anos do desastre e discute a ação judicial no país.
Estudo de base estatística com mães que ingeriram talidomida e tiveram filhos com má formação nas extremidades do corpo.
