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MedicinaHistória & Sociologia

Estudos relacionados ao tema:

VIANNA, Fernanda S. L. Uso atual de talidomida e defeitos congênitos no Brasil. Dissertação (Mestrado em Genética e Biologia Molecular) – Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2008.

Nas palavras da autora: "No Brasil, a talidomida está aprovada para o tratamento de poucas condições, como o eritema nodoso da hanseníase, reação relacionada a uma doença ainda muito prevalente no país. Embora existam restrições para prescrição e uso por mulheres em idade fértil, o surgimento de novos casos de embriopatia por talidomida (ET) em anos recentes no Brasil, indica a possibilidade de ocorrência de outros casos não diagnosticados. Nosso objetivo foi implementar um sistema de vigilância epidemiológica de defeitos de redução de membros dirigido fundamentalmente para identificação de casos de ET em nascimentos ocorridos em 33 hospitais do Brasil participantes do Estudo Colaborativo Latino Americano de Malformações Congênitas (ECLAMC), no período de março de 2007 a fevereiro de 2008". 

 

WIMMELBÜCKER, Ludger. Grippex 1956–1961. In: GROßBÖLTING, Thomas; LENHARD-SCHRAMM, Niklas (Hg.). Contergan – Hintergründe und Folgen eines Arzneimittel-Skandals. Göttingen, Vandenhoeck & Ruprecht, 2017, pp. 167-203.

O artigo baseia-se, em grande medida, nos documentos apresentados pela Chemie Grünenthal no curso do processo penal da talidomida na Alemanha. Alguns deles foram confiscados pelo Ministério Público e estão disponíveis para consulta desde a década de 1980. O texto aponta que antes mesmo do grande sucesso do fármaco Contergan, lançado em outubro de 1957, a molécula que provocou embriopatias congênitas em nascituros já estava presente em outro preparado. Para o autor, a reconstrução do contexto e das circunstâncias da comercialização do Grippex torna possível lançar luz sobre a história dos medicamentos contendo talidomida na Alemanha a partir de perspctivas diferentes do que a dominante que enfatiza o Contergan.