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DireitoHistória & Sociologia

Estudos relacionados ao tema:

JACOB, Madeleine. Le procès de Liège, par Madeleine Jacob, suivi de: Le contrôle des médicaments, par Le Breton; Le problème des enfants anormaux, par Heller et un témoignage, par Claude Baignères. Paris: Editions Les Yeux Ouverts, 1962.

Livro da jornalista Madeleine Jacob sobre o processo legal contra membros da família Vandeput e seu médico, julgados pelo assassinato de Corinne Vandeput, em Liège, na Bélgica, em 29 de maio de 1962. A bebê nasceu com malformações congênitas pela talidomida. O livro também traz os textos “Le contrôle des médicaments”, de Le Breton; “Le problème des enfants anormaux”, de Heller, e um depoimento de Claude Baignères.

JANICKI, Jérôme. Le drame de la thalidomide: un médicament sans frontières, 1956-2009.  Paris : Harmattan, 2009.

Livro do historiador frances Jérôme Janicki sobre a história da talidomida. Aborda o sucesso da droga no final dos anos 1950, os escândalos relacionados ao medicamento nos primeiros anos da década de 1960 e as recentes valorizações do fármaco para o tratameto de feridas em pacientes com hiv-aids. Destaca que na França a autorização para comercialização da talidomida nunca foi concedida.

JANZ JÚNIOR, Dones Claudio. O desastre da talidomida na Espanha: usos da memória em busca por reparação. Revista PerCursos, Florianópolis, v. 20, n.42, pp.8-28, jan./abr. 2019.

Segundo resumo do autor: " Tendo como fundamento teórico a História do Tempo Presente e a História Oral, esse ensaio se propôs a analisar especificamente uma série de entrevistas de vítimas da droga farmacêutica, buscando problematizar questões relativas à memória e os usos que são feitos dela. A análise dessa amostra de fontes proporcionou uma visão ampliada acerca da representação do desastre e da luta por reparação realizada pelos afetados e comprovou a relevância da História Oral na composição adensada de uma história da talidomida na Espanha". 

JANZ JR., Dones Claudio. Os usos públicos do passado como fonte para o estudo do desastre da talidomida na Espanha. Khronos, Revista de História da Ciência, nº 7, pp. 45-55, 2019.

Texto apresentado no Segundo Congresso de História da Ciência e da Técnica, realizado na Universidade de São Paulo/USP, em abril de 2019. Selecionado para compor o dossiê "Desafios Contemporâneos" da Revista Khronos, da USP. Resumo nas palavras do pesquisador: "A teratogenia provocada pela talidomida em bebês é considerada pela ciência como um dos grandes desastres farmacêuticos do século XX. Fabricada pela empresa alemã Grünenthal, a droga foi comercializada em mais de 40 países a partir do final da década de 1950, afetando milhares de crianças. Na Espanha, a talidomida ocupa espaço na mídia até os dias atuais, sobretudo, por conta das ações da Associação das Vítimas da Talidomida na Espanha (AVITE). A AVITE, ao buscar reparação às vítimas, atua em diferentes instâncias. Neste artigo analisaresmos algumas ferramentas utilizadas publicamente pela associação, buscando demonstrar como elas são acionadas na luta por justiça aos afetados".

 

JUHLIN, Inga-Maj. Rikskuratorn: omhändertagandet av de neurosedynskadade barnen 1962-1970.  Stockholm : Carlssons, 2012. 

Livro da assistente social Inga-Maj Juhlin sobre o desastre da talidomida na Suécia. A autora discorre sobre sua atuação profissional no Hospital Eugeniahemmet, de Estocolmo, que abrigou crianças afetadas pelo medicamento. O texto reflete sobre como o problema da talidomida foi discutido pela mídia e pelo parlamento sueco, as questões relativas ao aborto e as responsabilidades da companhia Astra, fabricante do fármaco no país.

KAWAMATA, Shūji / 川俣修寿. Saridomaido jiken zenshi / サリドマイド事件全史.  Tōkyō : Ryokufū Shuppan, 2010. 

O autor foi um dos defensores dos atingidos pelo desastre da talidomida no Japão. Entrevistou as diversas partes envolvidas no caso e escreveu especialmente sobre questões relativas ao estabelecimento de indenizações/compensações no país.

KIRK, Beate. Der Contergan-Fall: eine unvermeidbare Arnzeimittelkatastrophe?: zur Geschichte des Arzneistoffs Thalidomid.  Stuttgart: WVG, Wissenschaftliche Verlagsgesellschaft, 1999. 

Livro da historiadora Beate Kirk sobre o desastre da talidomida na Alemanha. Traz documentos inéditos dos arquivos do julgamento do Contergan e dos arquivos do Ministério Federal da Saúde, bloqueados legalmente por trinta anos. Traz também uma entrevista com o médico Widukind Lenz (1919-1995), pioneiro na descoberta da talidomida como agente teratogênico. Um dos capítulos discute a talidomida nos EUA.

KLAUSEN, S. M.; PARLE, J. ‘Are We Going to Stand By and Let These Children Come Into the World?’: The Impact of the ‘Thalidomide Disaster’ in South Africa, 1960–1977. Journal of Southern African Studies, Vol. 41, n. 4, 2015, pp. 735–752.

Klausen e Parle analisam como os impactos do desastre da talidomida na mídia impressa internacional afetaram a política de medicamentos na África do Sul. Demonstram que em 1965 foi criada no país uma lei de controle de medicamentos. Além disso, apontam que os acontecimentos relacionados à talidomida desempenharam um papel significativo no debate sobre a reforma relativa ao direito ao aborto ocorrida no início da década de 1970.

KNIGHTLEY, Phillip et al. Suffer the children: the story of thalidomide. New York: Viking Press, 1979.

Livro escrito pela equipe de jornalismo investigativo do jornal The Sunday Times sobre o desastre da talidomida, com ênfase nos acontecimentos da Grã-Bretanha. A obra também narra os diversos conflitos jurídicos do próprio jornal com a corte britânica, uma vez que matérias jornalísticas sobre o processo judicial da talidomida no país estavam sob censura. A disputa judicial entre o periódico e a justiça britânica teve início em 1962, e a imprensa britânica ficou proibida de comentar sobre o caso até 1977.

LOPES, Bruna A.; SANTOS, Francieli L. O julgamento da família Vandeput: uma análise da abordagem da mídia impressa brasileira sobre o infanticídio de Corinne (1962). História em revista. Pelotas: Editora da UFPel, v.26/2, jul. 2021.

As autoras fazem análise do modo como a mídia impressa brasileira noticiou o julgamento – ocorrido em 1962 na cidade de Liège (Bélgica) – da familia Vandeput e do médico, Dr. Jacques Casters, acusados de homicídio da bebê Corinne, nascida com deficiências em virtude da talidomida. Utilizam como fontes o jornal Última Hora, Correio da Manhã e Diário Carioca; e as revistas Manchete, O Cruzeiro e Fatos & Fotos. De acordo com as historiadoras o caso é emblemático por colocar em evidência, na década de 1960, questões relacionadas à medicalização do corpo feminino, à maternidade e à deficiência.