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Farmácia e farmacologiaHistória & Sociologia

Estudos relacionados ao tema:

KNIGHTLEY, Phillip et al. Suffer the children: the story of thalidomide. New York: Viking Press, 1979.

Livro escrito pela equipe de jornalismo investigativo do jornal The Sunday Times sobre o desastre da talidomida, com ênfase nos acontecimentos da Grã-Bretanha. A obra também narra os diversos conflitos jurídicos do próprio jornal com a corte britânica, uma vez que matérias jornalísticas sobre o processo judicial da talidomida no país estavam sob censura. A disputa judicial entre o periódico e a justiça britânica teve início em 1962, e a imprensa britânica ficou proibida de comentar sobre o caso até 1977.

LEANDRO, José Augusto Leandro; LOPES, Bruna Alves. Talidomida No Brasil: uma história de iatrogenia medicamentosa esquecida pelas ciências humanas e sociais. VII Jornada de Sociologia da Saúde. Curitiba: UFPR, 2013.

Texto apresentado em simpósio de sociologia da saúde na Universidade Federal do Paraná, em novembro de 2013. Traz apontamentos sobre a talidomida no Brasil e conclui que o tema da história do fármaco constitui um território ainda pouco explorado pelos investigadores do campo das ciências humanas e sociais.

LEANDRO, José Augusto; SANTOS, Francieli Lunelli. História da talidomida no Brasil a partir da mídia impressa (1959-1962). Saúde & Sociedade. vol.24 n.3, São Paulo, jul/set. 2015. 

Resumo do artigo nas palavras dos autores: "O artigo discute algumas questões relacionadas à droga talidomida, a partir de notícias da mídia impressa. As fontes utilizadas na pesquisa foram jornais editados na cidade do Rio de Janeiro entre 1959 e 1962. O estudo destaca o contexto histórico brasileiro que antecede a chegada da talidomida no Brasil, com ênfase em alguns aspectos relativos à indústria farmacêutica no cenário da década de 1950; traz algumas informações sobre o Instituto Pinheiros Produtos Terapêuticos S/A, o principal laboratório que produziu e comercializou a droga no país; demonstra como os jornais veicularam as primeiras propagandas incentivando a prescrição do medicamento e acompanha as notícias sobre os malefícios da talidomida; aponta quais ações foram tomadas para a retirada da droga do mercado brasileiro, uma vez que ela era amplamente comercializada no país naquele momento; conclui que a mídia impressa deu destaque moderado para a tragédia, que a talidomida circulou largamente pelo território nacional e sugere que a primeira geração de bebês vítimas da talidomida deve ser maior do que normalmente se supõe".

LEANDRO, José Augusto. “Descansar e dormir sem riscos”: o Jornal do Médico (Portugal) e o desastre da talidomida, 1960-1962. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 27(1), 2020, 15-32.

Do resumo da pulicação: O artigo analisa como o periódico Jornal do Médico, editado na cidade do Porto, em Portugal, divulgou o desastre da talidomida. A pesquisa percorreu as páginas da fonte desde o início de 1960 até o final de 1962. Aqui, objetivam-se apontar e discutir duas questões interligadas: a morosidade em publicar matérias sobre os efeitos deletérios do medicamento, vendido no país sob a denominação Softenon®, e a construção discursiva da isenção da responsabilidade do médico no fenômeno da iatrogenia medicamentosa.

 

 

LEANDRO, José Augusto. SANTOS, Francieli Lunelli. Talidomida no Brasil: “à distinta classe médica”. VII Jornada de Sociologia da Saúde. Curitiba: UFPR, 2013.

Os autores argumentam que a mídia impressa brasileira da década de 1950 desempenhou um papel preponderante na divulgação de  medicamentos industrializados. Apresentam a primeira propaganda sobre talidomida no Brasil, do produto Sedalis, que foi estampada na primeira página de jornal de grande circulação no Rio de Janeiro, em 1959. O discurso da peça publicitária do Sedalis, naquele momento, foi direcionado aos médicos.

LENZ, Widukind. A short history of thalidomide embryopathy. Teratology. 1988; 38: 203-215.

Artigo do pediatra alemão e pioneiro da descoberta da relação específica entre o ciclo gravídico com os tipos de má formação fetal por ingestão de talidomida. Aponta alguns aspectos do contexto histórico da década de 1960 que permitiram tanto a ciência médica como a indústria farmacêutica, sobretudo na Alemanha, colocarem o medicamento no mercado.

LENZ, Widukind. Kindliche Missbildungen nach Medikament-Einnahme während der Gravität? Dtsch Med Wscht, 86, pp. 2555-2556, 1961.

Texto do pediatra alemão publicado na revista Deutsche Medizinische Wochenschrift em data de 22 de novembro de 1961. Resume a comunicação de pesquisa apresentada no Congresso de Pediatria em Dusseldorf, em 18 de novembro do mesmo ano. Na ocasião, Lenz apontou sua suspeita de que o medicamento Contergan, preparado na base de talidomida, era responsável pelo súbito aumento do nascimento de bebês com deficiências congênitas na Alemanha.

LIMA, L. M.; FRAGA, C. A. M.; BARREIRO, E. J. O renascimento de um fármaco: talidomida. Química Nova, São Paulo, v. 24, n. 5, 2001, pp. 683-688.

Os autores trazem um breve histórico do medicamento e, a partir das áreas de Química Orgânica e Farmácia da UFRJ, discorrem sobre com o composto da talidomida é absorvido pelo metabolismo humano e seu potencial de quiralidade e teratogenicidade. Também apresentam novas aplicações do fármaco e indicam compostos químicos com potencial semelhante, porém sem os efeitos colaterais teratogênicos.

 

 

MAGAZANIK, Michael . Silent shock: the men behind the thalidomide scandal and an Australian family’s long road to justice. Melbourne, Australia : Text Publishing, 2015.

Livro do jornalista e advogado Michael Magazanik. Discorre sobre a querela jurídica que envolveu a família australiana Rowe, cuja filha, Lyn, foi afetada pela talidomida. A disputa judicial contra as companhias Chemie Grünenthal e Distillers arrastou-se por muitos anos e, em 2012, a família finalmente ganhou a batalha pela ação indenizatória.

MARTÍNEZ-FRÍAS, María Luisa. Talidomida : 50 años después. Medicina clínica, vol. 139, n. 1, 2012, pp. 25-32.

A professora da Universidade Complutense de Madri e fundadora do grupo ECEMC - Estudio Colaborativo Español de Malformaciones Congénitas fez estudo comparativo entre grupos de criancas expostas à talidomida (com base na literatura) e grupos de crianças espanholas nascidas com malformações em extremidades que não foram expostas ao medicamento. Os resultados da pesquisa analisam as aproximações e os distanciamentos entre os dois grupos.