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Farmácia e farmacologiaHistória & Sociologia

Estudos relacionados ao tema:

McBRIDE, W. G. (1961). Thalidomide and congenital abnormalities. The Lancet, dec. 1961, p.1358.

Carta enviada pelo pediatra australiano à revista britânica de medicina Lancet, publicada em 16 de dezembro de 1961. Comunica, brevemente, suas observações em relação aos nascimentos de bebês com má formação física cujas mães haviam ingerido o medicamento Distaval.

MEIRA, M.; BITTENCOURT, M.; NEGREIROS, R. Talidomida: revisão bibliográfica e atualização da bula, conforme resolução RDC nº 140/03. Especialização em Vigilância Sanitária de Medicamentos. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 2004.

Monografia de especialização em Vigilância Sanitária de Medicamentos apresentada e defendida na Fundação Oswaldo Cruz. Nas palavras das autoras "foi realizado um levantamento histórico da legislação brasileira que regulamenta a elaboração dos textos de bulas de medicamentos, buscando-se também identificar como a legislação internacional contempla estes aspectos". No que tange à legislação internacional, além do Brasil, as autoras apresentam o posicionamento de alguns países (pelo menos até 2004) frente à utilização da talidomida: Argentina, Austrália, Espanha, Estados Unidos, França, México, Portugal, Suécia, Reino Unido.

 

 

 

MOKHIBER, Russel. Corporate crime and violence: big business power and the abuse of the public trust. New York: Random House, 1989.

O livro elenca mais de 30 crimes perpetrados por grandes empresas corporativas. Com repercussão na mídia, muitos desses crimes  também foram discutidos nos bancos da justiça. Um dos capítulos trata da negligência e da responsabilidade da Chemie Grünenthal no caso do desastre da talidomida. O autor afirma que o evento iatrogênico farmacêutico atingiu todos os cinco continentes, em 46 países. Russel Mokhiber é jornalista e edita um semanário norte-americano que circula por mais de 30 anos, o Corporate Crime Reporter.

 

 

MONSER, Catia. Contergan/Thalidomid : ein Ungluck kommt selten allein. Düsseldorf : Eggcup Verlag, 1995.

Escrito e publicado por uma das afetadas pelo desastre da talidomida na Alemanha, nascida em 1961. Autobiográfico, discorre sobre como a iatrogenia medicamentosa incidiu sobre as famílias dos atingidos pelo fenômeno: os cuidados, os aspectos jurídicos/burocráticos relativos à reparação, a inserção no sistema educacional, etc. Traz reportagens de jornais sobre o caso da talidomida.

MORO, Adriana; INVERNIZZI, Noela. A tragédia da talidomida: a luta pelos direitos das vítimas e por melhor regulação de medicamentos. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, vol. 24, n.3, jul/set. 2017, pp. 603-622.

Resumo do artigo nas palavras das autoras: "A tragédia da talidomida, no final dos anos 1950, constituiu um divisor de águas na regulação de medicamentos. Novos usos da droga estão sendo pesquisados e implementados atualmente. O artigo revisita a história da talidomida e seus desdobramentos no plano regulatório e dos direitos das vítimas no Brasil, com base em revisão de literatura, análise documental e reportes de jornais. Destaca que os eventos evidenciaram a carência de normas fortes para o uso seguro de medicamentos e mostra que a transformação dos acontecimentos em um problema público, mediante sua veiculação na mídia, e a crescente mobilização das vítimas foram forças essenciais que pressionaram por uma regulação de medicamentos mais efetiva".

MORO, Adriana. Participação Social e Regulação de Medicamentos: o caso da talidomida no Brasil. Tese (Doutorado em Políticas Públicas). Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 2017. 

Segundo a autora: "A tese que se defende é que, não obstante a construção da regulação da talidomida ancorada na forte participação de grupos sociais interessados, continua existindo uma importante fragilidade em relação ao sistema de controle e gestão de riscos da droga no Brasil, a qual se evidencia no paradoxo entre o fato da talidomida ser o primeiro medicamento a ter uma lei própria, indicando uma regulação abrangente, e o aparecimento de novas gerações de vítimas, que expõe suas falhas".

OLIVEIRA, Maria Auxiliadora; BERMUDEZ, Jorge Antônio Zepeda; SOUZA, Arthur Custódio Moreira de. Talidomida no Brasil: vigilância com responsabilidade compartilhada? Cad. Saúde Pública, v.15 n.1, jan./mar. 1999, pp. 99-112.

Resumo do artigo nas palavras dos autores: "Este trabalho analisa questões relacionadas ao processo de regulação e uso racional da talidomida no Brasil, mediante abordagem histórica, que percorre três momentos distintos. O primeiro segmento é composto por um rastreamento dos caminhos percorridos por esse polêmi- co medicamento, desde a fase inicial de sua síntese, mercadização e banimento, ocorridos na década de 50 e início dos anos 60, até os dias atuais, quando se encontra em curso um processo, aparentemente irreversível, de reabilitação da droga. Em seguida, relata-se a experiência brasileira com o uso da talidomida, enfatizando o trabalho desenvolvido pela ABPST e pelo Morhan nos campos jurídico, político e institucional. São apresentados e analisados os resultados de uma pesquisa de busca ativa dos casos, que compõem a chamada segunda geração dos portado- res da síndrome da talidomida no Brasil. Finalizando, à luz das evidências clínicas e científicas da eficácia terapêutica da talidomida, do crescimento de movimentos sociais a favor e contra a liberação do uso da mesma e da proposta de regulamentação restritiva do Ministério da Saúde, discutem-se aspectos relacionados à implementação da política de regulação e uso racional da talidomida no Brasil.

PAPASEIT, E.; GARCÍA-ALGAR, O.; FARRÉ, M. Talidomida: una historia inacabada. Anales de Pediatría, Barcelona, v. 78, n. 5, 2013, pp. 283-287.

Os autores indicam que a talidomida fez parte de princípios ativos de pelo menos 6 medicamentos colocados no mercado na Espanha. Afirmam que o governo espanhol negou por mais de 30 anos a venda do produto no país e demonstram como se formou a Associação Espanhola de Vítimas da Talidomida (AVITE).

 

PARLE, Julie; WIMMELBÜCKER, Ludger. ‘These Are the Medicines That “Make” Monsters’: Thalidomide in Southern Africa, 1958–1962. Social History of Medicine. Volume 33, Number 3, August 2020, pp. 898–923.

O artigo explora questões referentes ao mercado de medicamentos que continham talidomida em sua composição e que foram distribuídos na África Austral. Traz informações sobre os seguintes países: Angola, Moçambique, Zimbábue (anteriormente Rodésia), Namíbia e África do Sul. Os autores argumentam que os legados coloniais e os circuitos de comércio podem ter contribuído para a compreensão dos motivos de alguns países terem sido menos atingidos ou "escapado" do desatre da talidomida. Eles também apontam as tentativas de autoridades da África Austral em negar a presença do medicamento teratogênico.

 

 

PATRIAS, Karen; GORDNER, Ronald L.; GROFT, Stephen C. (compilers). Thalidomide: potential benefits and risks. Bethesda (MD): National Library of Medicine; 1997 (Current bibliographies in medicine; no. 97-4). 

Extensa listagem bibliográfica sobre os riscos e os potenciais benefícios da talidomida. Compilada pela National Library of Medicine, Estados Unidos. Cobre os anos de 1963 a 1997 para diversas publicações de vários países.  Os temas agrupados pela bibliografia são: perspectivas históricas do uso da talidomida; farmacologia, farmacocinética e toxicologia; potencialidades terapêuticas da talidomida; efeitos adversos da talidomida; riscos e aspectos legais do uso da talidomida.