Trabalho defendido na Universidade do Chile, no Instituto de Comunicación e Imagen, para obtenção do título de periodista. Aborda o abandono dos atingidos pelo desastre da talidomida no país. A despeito do Chile ter comercializado o fármaco no início da década de 1960, nenhuma indenização/compensação foi ali implementada. A autora acompanha a "Fundação Vitachi” (Víctimas de Talidomida en Chile), criada em 2009, que busca reparação por parte do Estado chileno aos afetados pelo medicamento.
O jornalista elaborou tese em Ciências Sociais Aplicadas e analisou como as tecnologias de informação e comunicação têm sido utilizadas estrategicamente pelas associações de atingidos pela iatrogenia medicamentosa da talidomida. Utilizando a ferramenta do Google Trends, analisou os sites das associações da Austrália, Brasil, Canadá, Espanha, Inglaterra, Irlanda, Itália e Suécia. Concluiu que, para além dos sites representarem as reivindicações específicas dos grupos, eles "representam, também, a manutenção da memória do desastre da talidomida, algo que vai além do grupo atingido, e que faz parte da história da humanidade e não deve ser esquecido".
Texto apresentado em simpósio de sociologia da saúde na Universidade Federal do Paraná, em novembro de 2013. Traz apontamentos sobre a talidomida no Brasil e discute especificamente como a mídia impressa do início da década de 1960 representou o corpo dos bebês nascidos com a síndrome teratogênica.
Transcrição da aula do professor de Direito e então governador-geral da Austrália Sir Zelman Cowen, lecionada na Universidade de Melbourne, em 12 de outubro de 1978. Discorre sobre as questões legais e políticas referentes à liberdade de imprensa. Aborda especificamente os desdobramentos jurídicos relativos ao caso do jornal “The Sunday Times”, veículo de comunicação que estava proibido de publicar matérias sobre as indenizações/compensações devidas pela empresa “Distillers” aos familiares dos afetados pela talidomida.
Artigo discorre sobre o florescimento de uma indústria de medicamentos genéricos na Colômbia. A menção ao fármaco feita pelo pesquisador é sucinta: pela nota de pé de página n.29 é possível saber que a mídia impressa colombiana noticiou, em outubro de 1962, a apreensão de pelo menos duas drogas com base na talidomida no país.
Livro traz diversos capítulos que discutem o caso Contergan, o maior escândalo farmacêutico da história recente da Alemanha. A coletâne traça o contexto social e cultural do escândalo em diferentes perspectivas. Estas perpassam debates sobre o desastre a partir da esfera farmacêutica, da ciência médica, da sociedade de consumo, dos órgãos de controle estatal e do mundo do direito.
Livro da jornalista Madeleine Jacob sobre o processo legal contra membros da família Vandeput e seu médico, julgados pelo assassinato de Corinne Vandeput, em Liège, na Bélgica, em 29 de maio de 1962. A bebê nasceu com malformações congênitas pela talidomida. O livro também traz os textos “Le contrôle des médicaments”, de Le Breton; “Le problème des enfants anormaux”, de Heller, e um depoimento de Claude Baignères.
Segundo resumo do autor: " Tendo como fundamento teórico a História do Tempo Presente e a História Oral, esse ensaio se propôs a analisar especificamente uma série de entrevistas de vítimas da droga farmacêutica, buscando problematizar questões relativas à memória e os usos que são feitos dela. A análise dessa amostra de fontes proporcionou uma visão ampliada acerca da representação do desastre e da luta por reparação realizada pelos afetados e comprovou a relevância da História Oral na composição adensada de uma história da talidomida na Espanha".
Texto apresentado no Segundo Congresso de História da Ciência e da Técnica, realizado na Universidade de São Paulo/USP, em abril de 2019. Selecionado para compor o dossiê "Desafios Contemporâneos" da Revista Khronos, da USP. Resumo nas palavras do pesquisador: "A teratogenia provocada pela talidomida em bebês é considerada pela ciência como um dos grandes desastres farmacêuticos do século XX. Fabricada pela empresa alemã Grünenthal, a droga foi comercializada em mais de 40 países a partir do final da década de 1950, afetando milhares de crianças. Na Espanha, a talidomida ocupa espaço na mídia até os dias atuais, sobretudo, por conta das ações da Associação das Vítimas da Talidomida na Espanha (AVITE). A AVITE, ao buscar reparação às vítimas, atua em diferentes instâncias. Neste artigo analisaresmos algumas ferramentas utilizadas publicamente pela associação, buscando demonstrar como elas são acionadas na luta por justiça aos afetados".
Coletânea editada por Eleoma Joshua e Michael Schillmeier. Um dos capítulos, “Thalidomide as Spectacle and Capital”, de Martin Brady, discorre sobre as representações do desastre da talidomida.
